quarta-feira, 5 de abril de 2017

Gosto de quem é sério.

Mesmo quando brinca.

Gosto de pessoas que dizem sim, sabendo que de facto a resposta é sim. 
Sim, sabendo que mais tarde não será não, sim dito apenas porque sim, não para agradar os outros.

Passamos tempo a mais a tentar agradar os outros. 
Em conversas, em opiniões, em gostos, muito tempo preocupados com o que os outros vão pensar, achar, gostar.

Isso limita, como se tivéssemos uma corda agarrada ao corpo a prender-nos os movimentos.

Gosto de quem se assume, de quem faz o que quer, como se fosse dono do mundo e da vida, porque de facto é, da sua.

Gosto de quem sabe dizer não. 
Sei que é difícil, porque podemos magoar, quem sabe até fazer com que gostem menos de nós(?!). 
Mas se não queremos, se não gostamos, teremos apenas de dizer sim pensando nos outros, quando a vontade é dizer não?! 
Quantos fariam isso por ti?! A que ponto isso é castrador?! 

O certo é que o que ele pensa sobre nós diz muito mais sobre ele, do que sobre nós.

Gosto de quem diz a verdade, de quem assume ter defeitos, porque temos, de quem come com as mãos, ou utiliza os talheres todos num restaurante mais chique, porque na realidade gosto de quem se adapta. 

Mas não gosto de todos, nem gosto de todas as mulheres só porque sou feminista, uma coisa é querer direitos iguais, outra coisa é gostar de toda a gente. Há quem não consiga diferenciar isso. 

Continuo a achar que as mulheres são más umas com as outras, continuo achar que há mulheres más e cabras. 
Assim como homens. 
Aí não é o sexo que os distingue, é mesmo o fundo.

Gosto de gente sem merdas, com os pés assentes no chão e que não são maldosos só porque é giro mandar umas bocas.

Gosto cada vez mais de menos gente e isso não me assusta, pelo contrário mostra-me que é muito mais fixe curtir esta vida que trago no corpo. 

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