De joelhos esfolados, meias rasgadas e cabelo sempre à frente dos olhos, despenteada.
De sorriso no rosto, mão na anca, unhas sujas de terra e sempre pronta para o disparate.
Com palavrões na ponta da língua só à espera da oportunidade para saltarem e sem medo da discussão com as primas, entre gargalhadas e puxões de cabelo, lá nos entendíamos. (Ou então os adultos separavam, quando a Catarina mordia e não conseguíamos que tirasse os dentes).
Com saltos altos da madrinha pelos corredores, telefonemas endiabrados, banhos no tanque e Pisang Ambon às escondidas.
Com férias sempre na mesma praia e com as mesmas pessoas.
Medos de palhaços, do escuro e de morrer.
Tão pequenina e já com medo de morrer, por gostar tanto de viver.
Uma menina tímida na escola, uma menina arisca em casa.
Loira, leve e solta.
Assim foi a minha infância.
Tão feliz!
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