quinta-feira, 4 de junho de 2015

Das fragilidades...

A propósito de uma entrevista da Rita Pereira para o site Maria Capaz, que podem ver aqui, revi-me em certos aspectos, e um deles foi o facto de ambas gostarmos mais de dar, de procurar do que de receber. E quando a Iva Domingues lhe perguntou "porquê?" ela foi, surpreendentemente sincera. Porque não gosta de mostrar fragilidades.
Custa admitir, mas é verdade, eu também não gosto, ou melhor, nem sei bem como isso funciona, porque não gosto de mostrar que preciso, ou que também estou mal, ou que também estou triste. Quando ela diz algo como "eu pergunto sempre como estão, se estão bem de saúde, como se sentem, porque quero mesmo saber. Mas quando perguntam e então Rita como estás? Aí digo sempre, eu estou bem, está tudo bem!".
E sendo ainda mais sincera, arrependo-me quase sempre das vezes em que partilho, porque tem dias, em que nos sentimos mais enervados, irritados, o que seja, e acabamos por ter de  partilhar, mas depois de o fazer penso sempre "não o devia ter feito, porque além de ter preocupado as pessoas, mostrei que estava frágil, ou que sou fraca, e eu não sou fraca, sou forte". E isto é o raio de um defeito que vai daqui até à Austrália. 


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