Cresci no meio de primos, maioritariamente homens. Com a influência de uma prima que me ensinou a ser Maria r(C)apaz.
Por Maria r(C)apaz diga-se criança livre, de pé descalço, com vontade de correr em frente e quem sabe alcançar o mundo.
Cresci com liberdade.
A liberdade do cimento, das corridas, do pé descalço, do banho na água gelada do tanque, dos joelhos esfolados e o cabelo sempre ao vento.
Tentavam colocar-me vestidos, fitas no cabelo.
Eu gostava dos vestidos, dos folhos e das fitas, mas todos os dias rasgava os collants, todos os dias perdia um brinco ou chegava a casa suja de terra.
Não sei se terei filhas, mas gostava.
Assim como gostava de conseguir transmitir a todas nós, que somos donas do nosso corpo e principalmente da nossa felicidade.
Que todas tenhamos garra e vontade de alcançar quem sabe o mundo, persistindo e insistindo nos nossos sonhos.
Como quando eu fazia papas com terra e imaginava que estava a comer o melhor banquete.
Gostava que todas sentíssemos a liberdade, a mesma que sentimos quando tiramos aquela sandália que nos apertou os pés o dia todo, ou desapertamos o soutien.
Umas gostando de folhos e vestidos, outras de pólos e calças largas.
Não interessa. Porque o mundo é feito de Marias Capazes.
Não sei se terei filhas, mas gostava.
Assim como gostava de conseguir transmitir a todas nós, que somos donas do nosso corpo e principalmente da nossa felicidade.
Que todas tenhamos garra e vontade de alcançar quem sabe o mundo, persistindo e insistindo nos nossos sonhos.
Como quando eu fazia papas com terra e imaginava que estava a comer o melhor banquete.
Gostava que todas sentíssemos a liberdade, a mesma que sentimos quando tiramos aquela sandália que nos apertou os pés o dia todo, ou desapertamos o soutien.
Umas gostando de folhos e vestidos, outras de pólos e calças largas.
Não interessa. Porque o mundo é feito de Marias Capazes.
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