sábado, 1 de junho de 2013

Uma das minhas apresentadoras preferidas escreveu um livro cujo título é "Deve ser isto o amor" e dedicou ao avô que já faleceu. Além do nome que partilhamos, partilhamos também a imensa saudade pelos nossos avós, um em concreto, que já partiram.
E muitas vezes pensamos que amamos alguém, dizemos "amo-te", mas será que sabemos o que é realmente o amor? Será que por vezes o amor não é confundido com paixão, ou com amizade?!
São poucas as vezes que digo a alguém que o amo, não fui educada de forma a expressar os meus sentimentos (com muita pena minha), mas costumo guardar para mim, costumo retrair quando alguém demonstra carinho, afeto ou amor por mim, e não gosto disso, porque na realidade eu amo, não muitas, mas algumas pessoas.
Amo os meus amigos, mas só aqueles que são mesmo amigos, porque vulgarizar a palavra amizade está em voga nos dias de hoje. Eu tenho poucos amigos, durante a minha vida tive pessoas especiais, que hoje em dia já não o são e só uma delas é que ainda hoje amo, um amigo com quem partilhei grande parte da minha adolescência e juventude, mas que por motivos que não sei explicar, nos afastamos, mas ainda hoje amo essa pessoa como se de um irmão se tratasse.
Amo aquele amigo que me faz sorrir sempre, que me diz que sou uma seca quando estou sóbria, e como eu fico fula com isso, mas amo-o, faço tudo por ele.
Amo aquela amiga que está longe, a quem apelido de melhor amiga, porque o é na realidade, é aquela que eu quero ver feliz, aquela por quem faço tudo, só para a ver sorrir.
Amo aquela amiga que está sempre aqui, aquela amiga com quem falo todos os dias, mesmo que por segundos porque estamos no local de trabalho e não podemos falar mais.
Amo o meu afilhado, o menino mais querido, mais inteligente, mais engraçado do mundo, o meu menino, o meu Gu,e como amo ouvi-lo chamar-me de sua Mimi.
Amor de primos, como eu gosto disso, tenho tantos e bons primos, primos que me acompanham, primos que me divertem, primos com quem amo conversar, primos com quem gosto de estar, mesmo que em silêncio, só porque os amo e quero que sejam felizes.
Amor de irmãos, daqueles que não se expressa, que apenas se sente, daqueles que sabemos que estarão sempre ali para nós, independentemente de tudo o resto.
Amor de tios, de pais, de família, e como a minha família é tão linda, somos capelas e isso basta.
E depois vem o outro amor, o carnal, o amor da vida, o amor para partilhar os dias, as vivências, os amuos, as chatices, aquele amor, o verdadeiro, o que não tem explicação, simplesmente se sente. Eu encontrei esse amor, aquele com quem quero ficar independentemente das discussões, das adaptações, de tudo o resto... o amor, o que deve ser isto o amor, o que todos nós merecemos sentir, viver, partilhar, gritar, porque haverá algo maior do que este sentimento? Não. Então, deve ser isto o amor.

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