quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"Os avós nunca morrem, apenas se tornam invisíveis!"


Sabemos que "é a lei da vida", como tantas vezes nos disse a avó Miquinhas.
Sabemos que o ciclo normal das coisas será sempre o dos avós acompanhar o nosso nascimento e crescimento e nós, infelizmente, assistirmos à morte física deles. 

Sim, digo física, porque por mais cliché que pareça, dentro de nós há sempre algo que nos diz que eles ainda estão vivos.

Os meus avós estão vivos quando os netos se juntam, se unem e partilham bons momentos.
Estão vivos num olhar, na ternura, na paciência, na mão na anca.
Estão vivos nos filhos e nos netos.

As boas memórias que guardamos, os ensinamentos que nos transmitiram, nunca permitirão que os nossos avós morram de verdade.

Sei que são invisíveis porque não os vejo, mas sei que estão aqui, porque os sinto.

Sinto hoje, senti ontem e sentirei sempre. 

No olhar dos meus tios, no sorriso dos meus primos, no empurrão quando as coisas correm mal, na sensação de toque no joelho que aconchega quando tudo parece desmoronar, num momento de partilha e gargalhadas com as primas, na lembrança do sorriso que faz esquecer tudo o resto e perceber como és afortunada pela família em que nasceste.

Porque o amor eterno existe e irá sempre além dessa tolice que é a morte.

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