terça-feira, 6 de setembro de 2016

Dos rótulos...

Vivemos numa sociedade em que somos constantemente rotulados.
Contra mim falo, uma vez que maioritariamente sem intenção, também o faço.

Se estudam muito são "nerds", se estudam pouco são "vadiolas". Temos os "gordos", os "magricelas", os "velhos", os "pobres", os "ricos".

Agora todas as pessoas com uma licenciatura são "doutores".

As mulheres que têm mais do que três namorados, são "frescas". Se são solteiras com mais de 30 são "encalhadas".

Os homens com várias mulheres são "garanhões", se têm mais de 30 anos e são solteiros, são "bon vivant".

Temos os "betos", os "gunas", os "surfistas", os "parolos". Os "pretos", os "brancos", os "amarelos". 
As "lésbicas", os "gays", os "bi" e por aí em diante.

Felizmente existem rótulos para tudo, desde pessoas a relacionamentos.

O problema é que não percebemos que enquanto continuarmos a rotular, isso revela muito mais sobre nós, do que sobre os outros. 

Seremos todos preconceituosos?! Queremos que exista o preconceito?!

Pois, parece-me que todos sabemos as respostas a essas questões. 

Por isso, talvez esteja na altura de mudarmos estes pensamentos da idade da pedra.

E esqueçam lá o ditado popular que diz que devemos "chamar os bois pelos nomes". 

Porque para existirmos não necessitamos de ter qualquer rótulo, basta respirar e isso fazemos todos!




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