terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

 
 
Estás a ver aquela rapariga a dançar? É a R. Quando namorava comigo não dançava assim, tão solta, tão livre. Sabes porquê? Porque como eu não gosto de dançar, nunca saía para dançar com ela, faziamos só aquilo que eu queria.
Ela tentava arranjar sempre coisas novas para fazermos, pensava sempre num plano para o fim de semana, mas eu nunca quis saber, aliás, achei sempre que ela como pensava sempre em tudo, eu não tinha que fazer nada.
Quando fazia aniversário, ou no Natal, ou nas nossas datas, ela esforçava-se sempre em comprar alguma coisa para mim, ou marcar algo diferente para fazermos, e eu? Eu não, só lhe perguntava o que ela queria e era isso que oferecia, assim dava muito menos trabalho.
A única coisa que fazia era enviar mensagem de manhã, muitas vezes a falar do tempo e ligava à noite para desejar boa noite.
Aos sábados como tinha jogo, ela se quisesse estar comigo tinha de ir aos jogos, ou então esperar por mim, depois disso, mesmo quando ela queria sair para dançar, eu não queria.
Aquela roupa que está a usar, eu já a conheço, mas nunca lhe disse que fica mesmo gira assim. Nunca demonstrei que a desejo, ela só tinha de pensar que se estava com ela, era óbvio.
Quando discutia e demonstrava o ponto de vista dela, eu só esperava, sem dar muita importância, porque ela sozinha conseguia resolver os problemas na cabeça dela, bem simples.
Nunca deixei de fazer alguma coisa por ela, ou fiz algo contrariado, só porque ela gostava. Quem quisesse estar comigo tinha de fazer o que eu queria. Aliás por vezes quando me falava em determinado programa, se eu não gostasse ou não quisesse ir, dizia logo que não, sem sequer lhe perguntar o que ela queria fazer.
Pois, ela hoje é minha ex namorada. Senti que ela estava a afastar-se de mim, mas isso não me assustou, porque ela resmungava, dizia que fazia e acontecia, mas não passava disso, de palavras, bastava esperar, porque para mim ela esteve sempre na minha mão. Até ao dia em que percebi que ela já não é minha, mas nem é isso que dói, o que dói é sentir que deixei fugir a pessoa que mais me amou e que mais me completa.

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